Desapontado ficou no fim.
Era belo, singelo, prescindia tudo que não fosse lhe-ajudar e imprecava aqueles que por ímpeto lhe-arruínaria. Gostava de ter uma extrema intímidade, a todo tempo, muitas vezes de tão exagerado se tornava cansativo, era supérfluo. Mas não que isso fosse ruim, de modo algum, até porque já fazia parte do cotidiano, daquela vida monótona e meio fútil. Ás vezes causava uma briga aqui e outra ali, mas depois voltava com mais força e quem sabe mais benévolo também. O problema do tal era que tudo se resumia nisso... Beijos, tranzas, olhares, passeios, brigas escrotas e ciúmes. Totalmente contraditório ao início, onde tudo era novidade. Daí, quando passou a ser mais-que-corriqueiro, extremamente igual e absurdamente monótono, ele cansou seus dois portadores. E fazendo pirraça, de raiva -pelo que não deu certo - ele conseguiu destruiur dois pobres corações, de duas pessoas diferentes. Mas não pense que os dois eram vítimas, até porque ninguém é! Se ele os-pegou e os-manipulou, é porque deixaram que o-fizesse... Maldito amor! Ele mesmo, que acabou com dois e fez da vida deles uma obra de dante. Execração - pensavam eles. No fim foi fácil combatê-lo, porque não haviam pensado naquilo antes? Só bastava um copo e uma dose, depois tudo haveria de passar.
Gi.
"Ele mesmo, que acabou com dois e fez da vida deles uma obra de dante." - por coincidência eu peguei Divina comédia para ler hoje mais cedo. Adorei o texto gi , ótimo!
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