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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Poema ll

 Não quero saber de
Schopenhauer
E nem ver as fotografias
de Sebastião Salgado.

Não quero ouvir
Chico Buarque falar
Sobre os pobres
Em um show de 600 reais.

Eu quero sentir o nada
Que existe nas luzes amareladas
[que continuam acesas na madrugada.

Quero que o olhar parado
Do trabalhador da fotografia
Brilhe olhando para mim
-Carne e osso-

Eu quero ouvir o canto
Da lavadeira e escutar
As dores de uma Geni.

Eu quero sair da minha poesia.

Eu quero viver a minha poesia
Ser
Respirar e
Sentir
A humanidade


Em mim.