Não quero saber
de
Schopenhauer
E nem ver as
fotografias
de Sebastião
Salgado.
Não quero ouvir
Chico Buarque
falar
Sobre os pobres
Em um show de 600
reais.
Eu quero sentir
o nada
Que existe nas
luzes amareladas
[que continuam
acesas na madrugada.
Quero que o
olhar parado
Do trabalhador
da fotografia
Brilhe olhando
para mim
-Carne e osso-
Eu quero ouvir o
canto
Da lavadeira e escutar
As dores de uma
Geni.
Eu quero sair da
minha poesia.
Eu quero viver a
minha poesia
Ser
Respirar e
Sentir
A humanidade
Em mim.
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