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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Águas Sórdidas


No cais,
ela esperava aflita.
No cais,
depositava sua esperança.

Era noiva, tinha aliança.
Mas no cais, seu amor a deixou
sem paz, sem confiança.

Então no cais ela ficou,
esperar? -esperou
por anos e anos,
no cais. Ela ficou.

Seu noivo não voltou,
chorar? -chorou
Sentiu saudade daquela boca,
que um dia ela beijou.

Mas sabia que não a sentiria novamente,
pecar? -não mais pecou.
No cais,
sua vida? -ela deixou.
Gi.

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