Ventos uivantes,
Vorazes.
Cortantes.
Eis que vem;
de um lugar
desconhecido.
Quem dera ouvir
seu farfalhar.
Ventos uivantes,
Vorazes.
Cortantes.
Do tal saudade sinto,
se é que sinto algo.
Há tempos já não ouço,
não pronúncio, não enxergo.
A nostalgia se exalta,
quando se fala no vento,
N'aquele mesmo vento.
O vento uivante,
Voraz.
Cortante.
Perdoem-me as flores,
quando falo do tal vento cortante.
pois nem todas tinham uma cúpula,
e se desmanchavam num instânte.
Mas quando voltar a sentir,
a falar e a ouvir,
quero me esvair com o vento,
e ir além do tempo.
Junto aquele vento.
O vento uivante,
Voraz.
Cortante.
Gi.
Nossa, não sei porque, mas esse poema é realmente inspirador. Retrata vários sentimentos desencadeados pela saudade. Poucos conseguem se expressão com tanta perfeição.
ResponderExcluirMeu preferido. Parabéns.
obrigaada raul, de coração !
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